Redação realizada na disciplina de Língua Portuguesa, Professora Maria Emília Lubian, da FETLSVC.
Autor: LUCAS MARX FÜHR, Turma 2111
Novo Hamburgo, agosto de 2013
Viagem ao incerto
Meu
avô materno, Clarimundo Marx, nascido em 1928 no município de Montenegro-RS,
casou-se aos 20 anos com minha avó, Ana Norma Marx. Já tinham uma filha,
moravam de aluguel numa casa pequena e sem terra para cultivar próxima à do pai
de Clarimundo.
O
oeste de Santa Catarina estava numa época de ocupação com preços mais
acessíveis, então Clarimundo em 1952 deixou sua esposa, filha, pais e irmãos, e
foi comprar um terreno no oeste de SC. Naquela época foi uma legítima aventura,
pois não havia estradas, pontes e nem meios de comunicação.
O
deslocamento era feito a cavalo, conseguia pousos em casas desconhecidas para
dormir e atravessa rios em canoas. Ficou fora de casa mais de um mês, sendo que
sua mãe e esposa não acreditavam mais no seu retorno. Porém, ele havia feito
negócio de compra de terra e veio buscar a esposa e a filha.
Novamente
foi outra aventura, e foram acompanhados pelo pai de Clarimundo. Como a viagem
era imprevísivel, foram somente com as roupas do corpo e também havia prazo
para se apresentar ao dono das terras para não perder o valor da entrada, pois
o negócio era feito verbalmente.
Assim,
deixou seus acompanhantes de viagem cerca de 50km antes do destino e viajou dia
e noite para chegar na data combinada. Depois, voltou para buscar seu pai,
esposa e filha. Assim que chegaram, tiveram dificuldade pois só se falava do
alemão na região, e pouco sabia-se do português. Sofreram algum preconceito
linguistico e tiveram de aprender o alemão. Demoraram, mas aprenderam.
Começaram
do nada no terreno novo, construíram uma casa no mato, abriram clareiras para
começar a roça, etc. Naquela época, os vizinhos eram solidários, tanto que um
vizinho lhe ofereceu uma porca e porquinhos, vaca e terneiros, e uma galinha e
pintinhos. Foi essencial no começo, e depois conseguiram devolver ao vizinho
com enorme gratidão.
Muitas
vezes se alimentavam do que caçavam, pescavam ou plantavam. Essa terra pertence
ao município de Iporã do Oeste-SC, onde Clarimundo criou seus dez filhos junto
com Ana Norma e morou até o resto de sua vida. Atualmente, meu tio ocupa esta
casa.
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